Há 23 anos, o Canto da Primavera revela grandes talentos da música goiana. O festival, que acontece anualmente em Pirenópolis, cresce a cada ano e se consolida como vitrine da música goiana. Nesta 23ª edição, o número de artistas goianos participantes mais que dobrou em relação aos últimos dois anos, passando de 22 apresentações, no ano de 2022, para 57. Isso somado aos shows nacionais, que passou de um, na edição de 2023, para três atrações neste ano de 2024. 

A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, ressalta a importância e a tradição do festival ao longo desses 23 anos de edições. “O Canto da Primavera se consolidou como um espaço onde a essência da música goiana se revela. É um evento que oferece uma plataforma para artistas locais que celebram a riqueza musical que nasce aqui em Goiás, e mostra que estamos construindo um legado poderoso para nossa música. Temos orgulho de promover e celebrar o talento que floresce em nosso Estado.”

Vitrine da música goiana

O Canto da Primavera – Mostra Nacional de Música de Pirenópolis -, contou com quatro palcos espalhados pela cidade, dois deles novidades nesta edição. O cantor Otávio Macciel se apresentou no Palco Matriz, na quarta-feira (04/08), e conta como foi a experiência.

“Todos, sem exceção, puderam apresentar seus trabalhos com estrutura de som, luz e apoio de excelência. “Na minha segunda participação, pude perceber mais de perto o nível de profissionalismo e de envolvimento de toda a equipe do evento para que todos os detalhes de uma produção deste porte superassem as expectativas, tanto do público quanto dos artistas participantes”, avalia. 

Para o cantor Dante Ventura, que se fez show no Palco Coreto, no último dia (08/09), o festival é uma oportunidade de elevar o nível dos artistas: “Pirenópolis tem um cenário forte, e muito disso é devido ao festival, que ofereceu oficinas desde o início e ajudou na construção desse cenário”. 

Reconhecimento

Segundo dados da Polícia Militar, passaram pela cidade de Pirenópolis cerca de 40 mil pessoas durante os seis dias do evento.  Além de aquecer a economia local nos setores hoteleiro, comercial e turístico, outra grande vantagem da movimentação turística é proporcionar visibilidade para os artistas que se apresentam. Como grande vitrine, muitos artistas são conhecidos e reconhecidos durante o festival, como conta Roberta de Souza Marques, que esteve em Pirenópolis acompanhada de mais cinco pessoas.

“O 23º Canto da Primavera foi um sucesso, consolidando os artistas do Estado de Goiás. Dentre eles destaca o show de Hugo Vitti, que depois de sua apresentação, ainda foi chamado a retornar ao palco por Toni Garrido, encerrando a noite com muito groove e descontração. A participação de muitas crianças no evento mostra o lado família do festival unindo gerações”, relata.

Lorena Siqueira acompanhou o festival desde o primeiro dia acompanhada de um grupo de amigos com 10 pessoas. Para ela, o Canto da Primavera ultrapassa o conceito de ser “apenas um festival de música” e diz: “ O evento propiciou discussões interessantes acerca do ser humano e causas sociais, levando em consideração sua gratuidade e temas abordados pelos artistas em suas apresentações. O respeito e a individualidade foram o alicerce do evento, um encontro genuíno da arte em sua mais pura essência. Gratidão a quem fez parte!”

Shows nacionais

Nesta 23ª edição do Canto da Primavera, três artistas nacionais se apresentaram no Palco Garagem, o principal palco do evento, evidenciando o que o festival vem ganhando cada vez mais escala regional e nacional. 

Os shows deste ano foram: Maria Gadú, viabilizada em parceria com o Sesc Goiás, além de Marcelo Falcão e Toni Garrido. Para a cantora carioca, que se apresentou na sexta-feira, (06/09), o festival mostra a diversidade musical do Estado, que, “além do sertanejo, tem uma riqueza multicultural muito grande”. Para ela: “Estar em um festival a serviço da cultura, que traz todos esses artistas frutos dessa diversidade cultural, é uma honra”, afirma. 

23ª edição

O Canto da Primavera 2024 foi realizado entre os dias 3 e 8 de setembro, promovido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com correalização da Universidade Federal de Goiás, por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa (RTVE). O evento tem como parceiros a Prefeitura de Pirenópolis, a Secretaria de Estado da Retomada, a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), a Universidade Estadual de Goiás (UEG), o Goiás Social e o Sesc Goiás.

Ao todo, o festival contou com um investimento de R$ 3,3 milhões, e um roteiro de 60 shows, sendo 57 regionais e locais, e três nacionais, e o maior cachê pago de toda a história, com valores que vão de R$ 7 a R$ 20 mil por artista, totalizando R$ 510 mil.

O festival trouxe ainda três oficinas e, de forma inédita, disponibilizou um estúdio totalmente equipado para realizar a gravação profissional gratuita dos artistas selecionados em edital. 

Fotos: Secult Goiás – Vinícius Schmidt / Yan Rissatti